"Nosso problema atual não é de falta de crescimento, mas o de adotar medidas para moderá-lo e evitar que a inflação se acelere. Prova disso são medidas como a recente elevação da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central, como também o corte de gastos programado pelo Ministério do Planejamento".
A avaliação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, durante abertura da 40º Reunião da Associação Latinoamericana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento, Alide (13/05).
O presidente do BNDES avalia que a crise na Zona do Euro, em particular na Grécia, que enfrenta graves problemas nas suas contas internas e externas, não deve trazer problemas para o Brasil em termos de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O governo já projeta variação positiva do PIB de 5,5% em comparação a 2009, enquanto o mercado já trabalha com taxas acima de 6%.
Para ele, o Brasil e a maioria dos países latino-americanos estavam mais preparados para enfrentar a crise, que teve início nos Estados Unidos em 2008 e abalou os mercados mundiais. O desafio agora é o de conciliar crescimento continuado, contas internas e externas equilibradas, inflação sob controle e políticas públicas de investimentos em setores estratégicos, como o de energia. "Precisamos desenhar soluções para daqui 20 anos, e as instituições de desenvolvimento do Brasil e da América Latina, devidamente fortalecidas, muito contribuirão para isso", afirmou.
Parte de texto publicado na Agência Sebrae de Notícias