Não vão mais de porta em porta, quem lhes abriria em tempos tão inseguros. Fazem pontos em áreas estratégicas, perto de grandes empresas ou e agências bancárias, com grande fluxo de pessoas. Ou vão de bar em bar, de restaurante em restaurante, com algumas amostras do que vendem. O grosso da mercadoria fica no carro, se têm. Ou ali por perto com alguém tomando de conta , como se diz.
Na foto, Natan, que mora em Planaltina, vendendo seus bonzais, no Beirute da Asa Norte, na quinta-feira, 28/04. Eu pude comprar uma jabuticabeira com meu cartão, no débito. |
Essas pessoas, que vivem do comércio ambulante, do comércio que anda, existem aos milhões por esse Brasil afora. Vendem de tudo, de roupas a bombons artesanais. Pães, bolos e refeições completas, as chamadas quentinhas. Mas o jeito de comercializarem vem mudando com a criação da figura jurídica do Empreendedor Individual. A história do freguês não poder comprar por não ter dinheiro no bolso ou cheque no momento ficou pra trás.
Também ficou para trás aquele medo de vender fiado por não terem informações suficientes sobre a clientela. Com o registro de Empreendedor Individual, que pode ser obtido pela internet, esses trabalhadores por conta própria encontraram um aliado de peso: o cartão de crédito/débito. A maquininha de passar cartão, que cabe no bolso, facilita a vida de quem compra e dá a quem vende segurança quanto aos recebíveis e também comprova faturamento. Essa comprovação é fundamental para se ter acesso, por exemplo, a crédito bancário. Estamos realmente vivendo novos tempos. As mudanças pra melhor são mais abrangentes, velozes e eficazes. Fico feliz de testemunhá-las e de ter, minimamente, como repórter, contribuído para que acontecessem.