por Carlos Lopes
Politica&Poder
Santafé Idéias
(www.santafeideias.com.br)
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pode trazer elementos novos para os debates internos do governo relacionados à conjuntura internacional e à crise no setor financeiro americano. Meirelles participa, hoje e amanhã, em Nova York, de reuniões do Federal Reserve com investidores. Até lá, o governo vai sendo municiado por informações do Ministério da Fazenda.
A reunião de coordenação política, realizada na tarde dessa terça-feira, tratou da crise financeira e contou com exposição do ministro Guido Mantega. Coube ao ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, falar aos jornalistas sobre a reunião, o que foi lamentável em função de este guardar distância cerimoniosa dos assuntos econômicos.
Sabe-se que Mantega falou em desaceleração do crescimento em 2009, mas isso ele vem prevendo desde que o Banco Central iniciou o ciclo de elevação dos juros básicos. À Rede Globo, o ministro estimou efeitos restritivos sobre o crédito e as exportações. Garantiu, anda, sem inovar, que o país vai continuar na rota de crescimento em 2009 e nos próximos anos. Pode desacelerar, mas não pára de crescer.
Nessa situação de crise externa, compete ao governo brasileiro falar, mesmo que seja para dizer, como fez o presidente Lula, que está atento aos acontecimentos. Argumentos apresentados por Lula, de diversificação da balança comercial e do colchão de reservas de US$ 205 bilhões foram reprisados na reunião de coordenação.
Na noite de véspera, na Rede Globo, Henrique Meirelles foi entrevistado. Disse que caiu por terra a visão de que os riscos da crise hipotecária haviam se diversificado, com a constatação de que ficaram nos grandes bancos. Meirelles previu a continuidade da crise, com a desaceleração das exportações brasileiras e redução das linhas de crédito para empresas e bancos do país. Como sempre, foi cauteloso em relação ao recrudescimento da inflação, considerando prematuro tirar alguma conclusão e mostrando alívio pelo fato de a próxima reunião do Copom ainda estar distante.
Sobre a suspensão da compra de dólares no mercado, Henrique Meirelles explicou que a política de aumento de reservas tem como característica não aumentar a volatilidade do mercado. Indagado se a instituição poderia passar a vender dólares disse que isso é possível, desde que seja importante para manter a liquidez dos mercados.
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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pode trazer elementos novos para os debates internos do governo relacionados à conjuntura internacional e à crise no setor financeiro americano. Meirelles participa, hoje e amanhã, em Nova York, de reuniões do Federal Reserve com investidores. Até lá, o governo vai sendo municiado por informações do Ministério da Fazenda.
A reunião de coordenação política, realizada na tarde dessa terça-feira, tratou da crise financeira e contou com exposição do ministro Guido Mantega. Coube ao ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, falar aos jornalistas sobre a reunião, o que foi lamentável em função de este guardar distância cerimoniosa dos assuntos econômicos.
Sabe-se que Mantega falou em desaceleração do crescimento em 2009, mas isso ele vem prevendo desde que o Banco Central iniciou o ciclo de elevação dos juros básicos. À Rede Globo, o ministro estimou efeitos restritivos sobre o crédito e as exportações. Garantiu, anda, sem inovar, que o país vai continuar na rota de crescimento em 2009 e nos próximos anos. Pode desacelerar, mas não pára de crescer.
Nessa situação de crise externa, compete ao governo brasileiro falar, mesmo que seja para dizer, como fez o presidente Lula, que está atento aos acontecimentos. Argumentos apresentados por Lula, de diversificação da balança comercial e do colchão de reservas de US$ 205 bilhões foram reprisados na reunião de coordenação.
Na noite de véspera, na Rede Globo, Henrique Meirelles foi entrevistado. Disse que caiu por terra a visão de que os riscos da crise hipotecária haviam se diversificado, com a constatação de que ficaram nos grandes bancos. Meirelles previu a continuidade da crise, com a desaceleração das exportações brasileiras e redução das linhas de crédito para empresas e bancos do país. Como sempre, foi cauteloso em relação ao recrudescimento da inflação, considerando prematuro tirar alguma conclusão e mostrando alívio pelo fato de a próxima reunião do Copom ainda estar distante.
Sobre a suspensão da compra de dólares no mercado, Henrique Meirelles explicou que a política de aumento de reservas tem como característica não aumentar a volatilidade do mercado. Indagado se a instituição poderia passar a vender dólares disse que isso é possível, desde que seja importante para manter a liquidez dos mercados.
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