Depois das recentes elevações na taxa básicade juros, a Selic, que remunera os títulos públicos e serve de referência para a atuação so mercado financeiro, a inflação começa a dar os primeiros sinais de arrefecimento.
As sucessivas elevações, definidas pelo Comitd de Política Monetária (Copom) do Banco Central, totalizaram 1,75%, elevando a taxa anual para 13% neste mês de outrubro. Novos ajustes ainda não estão descartados. Mas a percepção é de que a taxa anual pode fechar dezembro abaixo dos 15% que vinham sendo projetados pelo mercado no pior momento da escalada de preços.
Tudo indica, que o governo, por meio do Banco Central, continuará firme na decisão de trazer o Indice de Preços ao Consumidor - Ampliado, o IPCA, para o centro da meta fixada para 2009, que é de 4,5%. As decisões de política monetária, como se sabe, tem uma defasagem que pode chegar seis meses, para que dêem o efeito desejado. Portanto, as elevações ocorridas na Selic, neste segundo semestre, têm impacto sobre as expectativas inflacionárias. Ou seja, com a desacelaração de alguns indices já ocorrendo, as projeções para 2009 devem voltar ao seu leito normal.
A alta dos preços foi proveniente, na avaliação de analistas do governo e do setor privado, de choques internacionais que acabaram contaminando o Brasil, originados principalmente de três segmentos: alimentação, minério e petróleo. Além dos ajustes na taxa Selic, o governo tomou também algumas medidas restritivas na área de crédito. Além disso, enfatizou suas metas de política fiscal.
De junho de 2007 para o mesmo mês deste ano, o IPCA saltou de 3,7% para 6,4% no acumulado de 12 meses . Apenas o índice referente à alimentação e bebidas acumulou alta de 15,5% no período. A expectativa é que a inflação este ano fique em torno do teto da meta que é de 6,5%. Entre os países que adotam o regime de metas de inflação, o Brasil foi o único até o momento a não ultrapassar a margem de tolerância que, no nosso caso, é de dois pontos acima do centro da meta.
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