Marina Birche de Carvalho, natural de São Paulo, capital, estudou suas primeiras séries em um colégio de freiras no interior, Penápolis, onde aprendeu trabalhos manuais, desenvolvendo um talento nato, herdado da mãe, descendente de espanhóis.
As dificuldades encontradas pela família, de sete irmãos, a levaram para o mercado de trabalho aos 14 anos, como costureira em uma loja de decorações, onde "pedalava" uma máquina industrial, confeccionando cortinas. Foi seu primeiro contato com a arte da decoração.
Com 16 anos chegou a produzir uma Amostra de seus trabalhos, durante uma semana, no salão paroquial da cidade, onde cortinas se misturavam com objetos de madeira e ferro, flores do campo e alvenaria, tudo moldado, lixado, pintado e/ou desidratado, com acabamento em tinta a óleo, além de flores de plástico.
Perto da década de 70, as dificuldades do pai, comerciante, e o modelo econômico vigente, traçavam como destino para os filhos as carreiras de "bancário ou professor". Sem o apoio da família, Marina enveredou-se para a área jornalística, impulsionada pelo bom desempenho escolar em português e francês. Trabahou nas mais conceituadas editoras em São Paulo, chegando ser "gost writter", com seus direitos autorais vendidos, além ser produtora de dois programas diários, na Rádio Mulher, situada na Granja Viana.
Sempre inseparável de sua máquina de costura, teve como hobby fazer croquis e pilotar escolhas de modelos masculinos e femininos para lojas da Rua Augusta e Shopping Iguatemi. O casamento, em 1976, lhe traria dissabores nesse contato com a moda, e o nascimento de dois filhos com fibrose cística, fizeram "seu mundo parar". Alan e Alex partiram. O marido também partiu. Ficou a Marina e sua filha Alix, que também herdou, da mãe e da avó, dotes para artesanato.
Perdas acumuladas após a morte dos filhos trouxeram Marina e Alix para Brasília, há 6 anos. Com o apoio do irmão Mauro, hepatologista brasiliense, finalmente conseguiu um espaço para divulgar seus trabalhos e o de mais de 15 artesãos da região. Santo Relicário! Nome para a loja, obra-prima da filha Alix, que se inspirou na música de Nando Reis, Relicário, com interpretação de Cassia Heller.
Marina considera que cada cliente é um relicário e a loja também é um relicário. Por que não, SANTO RELICÁRIO!?! Vibrante nas cores, alegre na decoração, alternativa para todos os gostos, a loja não passa desapercebida. Lá é possível se encontrar desde roupas, bolsas, bijuterias, origamis, kirigamis, mandalas, e outros enfeites. O espaço fica na SCLN 315 bloco "D" loja 30 e funciona das 9h às 19h, de segunda a sábado. Você pode também um passeio pelo site www.flickr.com/santorelicario, vale a pena!!!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Parabens...fico muito orgulhosa de dizer que conheço esta mulher guerreira,linda,e extemamente criativa.Marina Beijão vc merece todo a gloria e sucesso.
Silvia de Assis Pesquero
Postar um comentário