sábado, 17 de julho de 2010

Microcrédito fortalece comércio, pecuária e agroindustria de Recanto, Bahia

Estive com representantes do Sebrae e de instituições financeiras de desenvolvimento em Serrinha, Bahia, na quinta-feira, 15, para conhecer o trabalho da Cooperativa de Crédito Rural da cidade. A Ascoob faz operações de microcrédito com recursos da Agência de Fomento da Bahia. Serrinha fica a 200 quilômetros de Salvador, já no semi-árido.

Conhecemos, então, Evanildo Lima de Oliveira, morador do distrito rural de Recanto, que se utiliza com êxito do microcrédito no gerenciamento de seu pequeno bar. No fim de semana, o local funciona como restaurante e atende famílias de Recanto e também e Serrinha.

Ele é um dos 4.600 sócios da cooperativa Ascoob, que concede empréstimos sem burocracia e a custos mais baixos a empreendedores rurais e urbanos. Em pouco tempo Evanildo passou a contar no seu estabelecimento com três freezers.

No finais semana, Evanildo chega a atender 200 pessoas em seu estabelecimento. A especialidade da casa é a galinha de caipira completa, com todos os acompanhamentos, que custa em torno de R$ 25 e serve uma família de quatro ou até cinco pessoas.

Logo em frente de seu pequeno bar avarandado, tem um campinho de futebol alegria da criançada e dos adultos da comunidade e da cidade. Com o futebol, a venda de refrigerantes e sorvetes sempre aumentam. Em ocasiões especiais, com o São João, o empresário precisa contratar gente pra ajudá-lo. Normalmente o negócio é tocado apenas por ele, a irmã e a mãe. Mas essas contratações especiais sempre compensam porque o faturamento líquido com tais festas pode alcançar R$ 1500,00.

O pai de Evanildo, Manoel Feliciano de Oliveira, 62, mais conhecido como Neto do Recanto, também é sócio da cooperativa, que nasceu de crédito rural e agora também está atuando fortemente entre empreendeores urbanos que já respondem por 70% de sua carteira de microcrédito.

Feliciano tem uma pequena plantação de mandioca e, com o empréstimo, comprou cinco bezerros e equipamentos para montar uma casa de farinha. Conta que prefere ser atendido pela cooperativa porque lá se sente mais à vontade. “Participo da votação para mudança de diretoria e na hora da prestação de contas”, afirma.

Aqui a mandioca é moída

A cooperativa de crédito Ascoob opera com recursos da Desenbahia (Agência e Fomento do Estado da Bahia), que atua tanto financiando diretamente empreendedores como também repassando recursos que são operados por Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) e cooperativas de crédito rural.
Prensa para retirar a água da massa da mandioca...

Nesta chapa aquecida à lenha, a massa da mandioca é colocada para secar até virar farinha. A Casa de Farinha de Recanto está no momento parada porque não a colheita de mandioca ainda não se iniciou.

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