sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Direto da rede...

Folha
Bolsas operaram com ganhos na Europa. mas Tóquio fecha em baixa. Bom humor de investidores divide espaço com temor sobre economia mundial. As Bolsas americanas operam em acom o retorno de compradores ao mercado de ações após dois dias de fortes perdas e apesar de dados sobre o mercado de trabalho piores do que o esperado.

No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) conseguiu encerrar esta semana em terreno positivo, pegando carona no desempenho positivo das Bolsas mundiais. Em um pregão bastante esvaziado, as ações da Petrobras responderam por quase um quarto dos negócios e lideraram a recuperação. Na semana, a Bolsa acumulou perda de 1,6%. E no 2008, o mercado acionário amarga retração de 42,6%.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou, nesta sexta-feira (07) que foram eliminados 240 mil postos de trabalho no mês de outubro, marcando o décimo mês consecutivo de fechamento de vagas no país. O dado reflete a contração de 0,3% no PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre deste ano e sinaliza que no quarto trimestre a economia do país deve manter o ritmo de declínio, aproximando-se de uma recessão.

A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 6,5% no mês passado, contra 6,1% em setembro. Trata-se da pior taxa desde fevereiro de 1994, quando ficou em 6,6% --em março daquele ano, a taxa também ficou em 6,5%.

Estadão– A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou mais que o esperado em outubro, interrompendo quatro meses consecutivos de arrefecimento, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira, 7. O IPCA subiu 0,45% no mês passado, ante alta de 0,26% em setembro, influenciado pelo preço dos alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo.

Veja - As empresas de telecomunicações com ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já perderam 36,3% de seu valor de mercado este ano. O porcentual é resultado da queda nas cotações dos papéis. De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira pela empresa de consultoria Economática, o valor de marcado das 11 operadoras listadas na Bovespa foi reduzido em 20,2 bilhões de dólares entre 2007 e 2008. No ano passado, o valor das 11 empresas somava 55,7 bilhões de dólares. Já em 2008, até a última quinta-feira, as teles valiam juntas 35,5 bilhões de dólares.
  • A companhia aérea Gol anunciou nesta sexta-feira nova queda na taxa de ocupação de suas aeronaves, que agora atingiu 56,8%. Este nível é 12 pontos porcentuais menor do que o registrado em outubro de 2007. De acordo com a empresa, o número de passageiros transportados caiu 17,5% ante o mesmo período do ano passado. A capacidade de transporte da empresa, porém, cresceu no período. Devido à aquisição de aeronaves, houve expansão de 6,1% no mercado doméstico, atingindo a capacidade de 2,66 milhões de passageiros por mês. Já no mercado internacional, houve recuo de 23,8%, para 486.400.
  • Apenas metade das obras impressionistas e modernas colocadas em leilão pela Christie's de Nova York recebeu ofertas na quinta-feira, informou a casa, que admitiu temer um impacto no mercado de arte pela crise econômica mundial maior que o provocado pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Em um salão lotado, mas com atmosfera pessimista, pouco mais da metade dos 85 lotes oferecidos tiveram compradores, entre eles um Picasso com tintas surrealistas, "Maria Teresa e sua irmã lendo" (foto), de 1935, vendido ao preço inicial: 18 milhões de dólares.No total, 56% das obras foram leiloadas, mas apenas 11% superaram o valor estimado de venda, incluindo a tela "Livro, pipa e taças" de Juan Gris (1915), vendida por 20,8 milhões de dólares.

Crédito para a exportação reaparece, mas a custos mais elevados. Este é um dos destaques dos jornais desta sexta-feira, 07. Veja mais:

Valor Econômico - Empresas de capital aberto devem obter o melhor resultado da história no terceiro trimestre, com lucros recordes, mesmo com a trapalhada dos derivativos e o efeito da variação cambial sobre as dívidas. Um levantamento de 68 balanços publicados até ontem mostra uma perda financeira mais de dez vezes maior que a do terceiro trimestre de 2007. Apesar disso, o conjunto de empresas fechou o trimestre com lucro líquido 25% superior ao do mesmo período do ano passado.
  • Depois da aguda escassez das últimas semanas, as linhas de financiamento à exportação começaram a reaparecer, embora os custos continuem muito elevados e os prazos de vencimento, curtos. Empresas de médio porte chegam a pagar 20% de juros ao ano no Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).
  • Dois meses de tensão no mercado financeiro e de forte alta do dólar derrubaram a venda de viagens internacionais em até 80%. Agências de turismo reduzem preços, negociam descontos com hotéis e dão ênfase às viagens de nacionais para manter os negócios

O Estado de S.Paulo - O governo anunciou ontem uma série de medidas para estimular a atividade econômica e reduzir o impacto da crise financeira internacional. A principal iniciativa foi ampliar o prazo para que as empresas paguem determinados impostos, o que deverá injetar R$ 21 bilhões na economia. Além disso, as linhas de empréstimo oficiais serão reforçadas, com a oferta de mais R$ 24 bilhões em crédito às empresas de grande e pequeno porte.

  • A queda nas vendas fez crescer o estoque de veículos nas fábricas e lojas. Elas fecharam outubro com 297,7 mil veículos em estoque, o equivalente a 38 dias de vendas. Antes da crise, o total mantido nos pátios das montadoras e nas revendas equivalia a 25 dias. Os dados incluem carros, caminhões e ônibus.
  • Pequenas têm maior agilidade para mudanças. Estratégias de sobrevivência distintas marcam a continuidade de empresas longevas de grande, médio e pequeno portes. Entre as micro e pequenas, as maiores dificuldades incluem ausência de comportamento empreendedor e de planejamento prévio, além de deficiências na administração do negócio, segundo Marco Aurélio Bedê, coordenador de pesquisas do Sebrae/SP.
Folha de S.Paulo - Sinais de recessão levaram o Banco da Inglaterra a fazer a maior redução de juros dos últimos 27 anos no Reino Unido. O corte foi de 1,5 ponto percentual, para 3%. O BCE (Banco Central Europeu) seguiu o mesmo rumo. Embora com menos agressividade: cortou a taxa em 0,5 ponto, para 3,25%. No Brasil, a ata da reunião do Copom que manteve o juro em 13,75% na semana passada indica que ele poderá voltar a subir.

Governo anuncia medidas anticíclicas para dar sustentação à economia...

Entre as medidas estão a liberarção de recursos adicionais do FAT para concessão de crédito às pequenas e microempresas, além de ampliação do prazo para recolhimento de impostos

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou na tarde de quinta-feira (06) , medida já anunciada pelo governo, de destinar adicionalmente R$ 5,25 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), aplicados em títulos públicos, à ampliação do crédito às pequenas empresas e microempresas. O objetivo é atenuar para o segmento os efeitos da escassez de crédito devido à crise financeira global.

Inicialmente serão liberados R$ 1,25 bilhão, inclusive para projetos de agricultura familiar. Os outros R$ 4 bilhões serão liberados a partir de janeiro, apenas para as empresas. O repasse desses recursos será feito pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES e outros agentes financeiros.

Além dessa medida, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou também durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), a concessão de novas linhas de crédito para a produção, além de uma extensão no prazo para as empresas pagarem alguns tributos federais: o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), o Imposto de Renda Retido na Fonte e a Contribuição da Previdência. Já o Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) vão ter apenas mais cinco dias de prazo.

Leia a matéria na íntegra:
http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?noticia=7862248&canal=214
http://www.agenciasebrae.com.br/

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Xõ crise ! Natal, DF espera aumentar vendas em 25%

Considerado o melhor período de vendas do varejo, o Natal faz a alegria dos centros de compras do Distrito federal, que preparam decoração e atividades variadas para entreter e levar os brasilienses às compras.

A expectativa é de alta de 15% a 25% nas vendas e o tráfego de pessoas deve incrementarem até 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Os investimentos variam de R$ 500 mil a R$ 700 mil. No Alameda Shopping, a árvore de Natal com trenzinho é o atrativo da decoração de fim de ano. Ao todo, o centro investiu R$ 500 mil na ação de Natal.

“A expectativa é incrementar as vendas em 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Durante a campanha, também esperamos que o tráfego de pessoas cresça 20%”, anuncia o gerente de marketing Alexandre Mendes.

Papai Noel, duendes, fadas, magos e atividades para as crianças fazem parte das atrações
do Natal do Brasília Shopping. “Com um investimento de mais de R$ 700 mil na ação, esperamos um aumento de 25% nas vendas e 30% no fluxo em relação ao Natal de 2007”, ressalta o superintendente Geraldo Mello.

Para celebrar a data, o Terraço Shopping aposta em música erudita e Bossa-Nova. A decoração traz Fábrica de Bolas de Natal, com estação de trabalho dos pequenos ajudantes do Papai Noel.
O centro investiu R$ 560 mil nessas pré natalinas.

Fonte: Boletim da Fecomércio/DF

Aumento do prazo de pagamento dos impostos ajudará empresas a vencer a crise crise

Medida favorecerá especialmente pequenas indústrias
O aumento de dez dias no prazo de pagamento dos impostos federais anunciado hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ajudará as empresas brasileiras a superar a falta de liquidez e a escassez de crédito provocadas pela crise financeira internacional. “A medida terá impacto positivo, principalmente para as pequenas e médias empresas”, disse o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Ele destacou, no entanto, que o governo deveria estender o prazo de recolhimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social para o último dia do mês. Isso porque, ao adiar do dia 20 para o dia 25 do mês, o prazo de recolhimento das duas contribuições aumentou em apenas cinco dias e não dez, como ocorreu com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto de Renda na fonte e as contribuições à Previdência Social. Segundo Monteiro Neto, todas as medidas adotadas pelo governo até agora para minimizar os efeitos da crise financeira foram corretas. ]

Atualmente, a indústria recebe o valor das vendas em um prazo médio de 45 dias e precisa pagar os impostos antes disso, dentro de 30 dias em média. Os dez dias adicionais para o recolhimento dos tributos permite um ajuste no fluxo de caixa das empresas. Na avaliação do presidente da CNI, a crise financeira traz novos desafios ao Brasil. Para enfrentar a recessão que se anuncia, o país terá que alterar a forma de condução da política econômica. Isso inclui o abrandamento da política monetária e um ajuste fiscal, que reduza os gastos correntes do governo e aumente os investimentos.

A dilatação do prazo de recolhimento dos tributos e a aceleração da compensação dos créditos tributários, outro compromisso mencionado pelo ministro da Fazenda, integram as medidas da agenda emergencial proposta na Carta da Indústria, documento consolidado no 3º Encontro Nacional da Indústria, que a CNI realizou em 28 e 29 de outubro, em Brasília.

A agenda emergencial para o país minimizar os impactos da crise propõe ainda a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a recomposição das linhas de finan­ciamento às exportações. Na Carta da Indústria, os empresários também sugerem avanços na agenda de longo prazo do país, para aumentar a capacidade de resposta da economia contra as crises externas e estimular o crescimento. A prioridade da agenda de longo prazo é uma reforma tributária que desonere os investimentos e as exportações. Na avaliação do presidente da CNI, o projeto de reforma tributária em tramitação no Congresso deve ter o apoio do setor produtivo, pois simplifica o sistema de arrecadação e desonera os investimentos e as exportações.

Ata do Copom sinaliza que BC pode voltar a elevar juros e é destaque do noticiário econômico

Estadão.com - Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro, divulgada hoje, afirma que os diretores do Banco Central entendem que "a consolidação de condições financeiras mais restritivas poderia ampliar os efeitos da política monetária sobre a demanda e, ao longo do tempo, sobre a inflação." No encontro que aconteceu no dia 28 e 29 de outubro, o comitê decidiu por unanimidade interromper o ciclo de aperto monetário, mantendo a taxa Selic em 13,75% ao ano.
No mesmo trecho do documento, os membros do Copom sinalizam que a volta do aperto monetário não está descartada, ao defenderem que a política monetária deve atuar "na medida em que o balanço de riscos para a dinâmica inflacionária assim o requerer, por meio do ajuste da taxa básica de juros, ainda que não necessariamente de forma contínua."

GI– As principais bolsas da Europa vivem mais um pregão de fortes quedas, nesta quinta-feira (6). Por volta das 7h15 (horário de Brasília), a bolsa de Londres recuava 2,96%, enquanto a de Paris perdia 3,64%. Em Frankfurt, na Alemanha, a baixa era de 3,09%.

Folha de S.Paulo - Em reunião em Brasília, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fecharam o preço básico da venda da Nossa Caixa para o Banco do Brasil: cerca de R$ 6,4 bilhões, apurou a Folha. O valor deverá sofrer ajustes antes de a operação se concluída. O preço de venda do banco paulista era o principal impasse nas negociações. Agora, a transação só depende do aval do presidente Lula.

Correio Braziliense - Banco do Brasil vai repassar R$ 4 bilhões ao setor automotivo para financiar a venda de veículos. O ramo foi atingido em cheio pela crise. Os negócios caíram 13,8% em outubro.

Valor Econômico - Estratégia do governo é apoiar o crescimento do mercado interno para compensar, ainda que parcialmente, a retração da demanda internacional, disse ontem o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante o seminário "O Valor da Moda", no Rio.
Colaborou: Allan Madsen

Para governo, economia continua crescendo em 2009, mas menos...

A expectativa do relator da proposta orçamentária de 2009, senador Delcídio Amaral (PT-GO) é que o governo apresente uma revisão nos parâmetros de inflação, câmbio e crescimento até 21 de novembro. Segundo o senador, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já trabalharia com um crescimento do PIB de aproximadamente 3,7% para o ano que vem.
Para aprovação do relatório preliminar, o relator cedeu às pressões e aumentou o valor das emendas individuais de R$ 8 milhões para R$ 10 milhões (cada parlamentar pode apresentar um máximo de 25 emendas que totalizem esse valor).

Tal medida, em tese, não significaria aumento de despesas, pois os recursos seriam buscados nas emendas de bancada (R$ 1,481 bi previsto) e de comissão, que acabam operadas pelos ministérios. Por que em tese? Porque, geralmente, são emendas de mais baixa execução, o que pode significar cortar vento.

Daqui para frente, a Comissão Mista e o Ministério do Planejamento possam trabalhar juntos na identificação dos cortes no custeio e no investimento, em função da revisão dos indicadores de crescimento econômico e da arrecadação, imposta pela crise financeira globa. A previsão da cúpula da Comissão é de votação final do Orçamento em 22 de dezembro.

Indústria só deve registrar impactos da crise em 2009

por Carlos Lopes
Politica&Poder
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não espera mudança nos indicadores industriais dos próximos meses e até o final do ano, estimando que os impactos da crise financeira devam ser observados a partir de 2009, com a redução da demanda internacional e a recessão nos países mais avançados.

A expectativa da unidade de política econômica da entidade, não com base nos indicadores industriais de setembro, divulgados na última terça-feira, mas na Sondagem Industrial referente ao terceiro trimestre, é que os empresários venham a adequar a produção à demanda.

O gerente da unidade, Flávio Castelo Branco, considera crítica a recomposição da liquidez na economia doméstica, o que o leva a justificar o pleito da entidade junto ao governo para dilatação do prazo de recolhimento de impostos. A medida, segundo Castelo Branco, poderia desafogar o capital de giro das empresas, que recolhem o tributo antes da entrada do dinheiro das vendas no caixa.

A adequação de prazos de recolhimento, na visão da CNI, contemplaria o IPI, o PIS/Cofins, as contribuições previdenciárias e o ICMS (estadual). O economista da entidade discorda da avaliação no sentido de que a fusão anunciada dos bancos Itaú e Unibanco poderia desempoçar a liquidez. Para Flávio Castelo Branco, a fusão das instituições bancárias vai cumprir uma série de etapas, ao passo que o problema de liquidez exige solução imediata.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Trabalho por conta própria é fonte de renda para milhões de brasileiros

Por Lia Sahadi
Especial para este Blog

Dona Valcineide Coutinho, mais conhecida como Neide, dá um significativo incremento à renda doméstica com a venda de bolos e bolinhos que faz. Tem freguesia cativa em Taguatinga, onde mora com o marido e a filha, e na 515 Norte, onde já fêz um ampla rede de relacionamento entre funcionários do Sebrae Nacional, do Banco do Brasil e da Anvisa. Natural do Ceará está há 33 anos no Distrito Federal.

Ter carro próprio e saber dirigir ajuda muito Dona Neide na distribuição de seus bolos e bolinhos. Uma vez por semana ela chega bem cedo á 515 Norte e estaciona bem em frente da entrada principal do sebrae Nacional, à sombra de uma árvore.

Os bolinhos, vendidos a apenas um real são os preferidos dos mais jovens, que gostam de consumir apenas no lanche, no horário de trabalho.
Os bolos maiores como o de tapioca acima e o bom-bocado abaixo são comprados mais por funcionários que tem filhos e são levados para serem consumidos em casa.

Antes de optar pela fabricação e venda de bolos, Dona Neite vendia roupas para frequentadores de academias. Mas o negócio não foi para a frente porque não conseguiu ampliar a freguesia de forma a tirar uma renda que considerasse suficiente. Passou então a vender os bolos que uma cunhada fazia, porém como a a produção era insuficiente para atendimento da demanda que se formou, Dona Neide passou também a produzí-los.

Atualmente dona Neide atende por encomenda e organiza-se também para produzir todas as quartas, quintas e sextas-feirar, para atendimento direto à clientela que já formou em Taguatinga e na 515 Norte. Cobra entre R$6,00 e R$12,00 o bolo grande e R$1,00 o pequeno, o que lhe dá um faturamento líquido mensal de R$1000 reais. Diz que está satisfeita com o que ganha e que para garantir a frequesia continuará só usando produtos de primeira qualidade na preparação de suas quitudes.

Os bolos mais procurados são aqueles para o café da manhã ou da merenda da tarde, como os de laranja, de coco, de creme de milho, de chocolate, de castanha, de tapioca, de iogurte, de uva passas, de banana ou de banana com chocolate. Na categoria de especiais e também com bastante saída estão o Bolo Luiz Felipe (de queijo e leite), Bolo Pudim, Pão de Queijo de Tabuleiro e Bom-bocado.

Destaques do noticiário econômico

Jornal do Brasil - Números divulgados ontem mostram que a crise financeira mundial ainda não chegou à indústria brasileira. A geração de empregos registra o 30º mês seguido de altas. Houve aumento real de 2% no faturamento industrial em relação a agosto, e de 8% no ano, segundo informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Valor Econômico - As medidas para impedir o agravamento da crise financeira estão surtindo efeito. O dinheiro começou a fluir entre as instituições financeiras globais e o alívio foi saudado pelos mercados acionários com altas que já duram vários dias consecutivos. A queda das ações é menos freqüente, menos brusca e menos acentuada do que em outubro, quando as cotações foram ao fundo do poço.

  • Depois de ainda crescer com força em setembro, a indústria brasileira começou a sofrer em outubro o impacto da crise financeira global na produção e no nível de encomendas. Os setores que mais puxaram o crescimento ao longo do ano - como o de máquinas agrícolas, siderúrgico e automobilístico - são os primeiros a sentir os efeitos da turbulência. Já os segmentos que dependem mais da evolução da renda, como têxteis e calçados, tendem a ser atingidos dentro de algum tempo.
  • Depois do furacão que engolfou as bolsas, os investidores terão novas preocupações daqui para frente. A questão agora é analisar os efeitos da crise sobre os fundamentos das empresas. Setores como os de papel e celulose, ferro-gusa e construção civil já acusaram o golpe e terão efeitos drásticos nos lucros no ano que vem. A expectativa da indústria piorou em quase todos os setores, segundo pesquisa da CNI.

Folha de S.Paulo - A crise fez o Planalto rever previsões para 2009. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse esperar inflação maior que a meta, crescimento menor e menos R$ 15,2 bilhões de receita. O governo decidiu injetar dinheiro nas montadoras. O Banco do Brasil terá linha de crédito especial, de valor não definido, para os bancos das empresas.

O Globo - O novo megabanco brasileiro formado pela fusão de Itaú e Unibanco já tem planos para crescer no exterior, principalmente na América Latina, e brigar com os concorrentes Santander, HSBC e Citibank. Os primeiros mercados que estão sendo cobiçados são México, Chile e Colômbia.

Colaborou: Allan Madsen
www.agenciasebrae.com.br

Possíveis mudanças com Obama

1. Saída ordenada das tropas americanas do Iraque e foco maior na guerra do Afeganistão. Democratas irão insistir para que ele leve adiante sua promessa, mas os avanços no Iraque nos últimos meses podem fazer Obama dar maior elasticidade a essa retirada.

2. Para estimular a fraca economia dos Estados Unidos, Obama e os democratas no Congresso devem chegar a um acordo sobre um segundo pacote de estímulo para incentivar os gastos dos consumidores, se tal pacote não for aprovado antes mesmo dele assumir a presidência, no dia 20 de janeiro.

3. Devem ser adotadas novas medidas para regular a indústria financeira em meio à crise de crédito que atingiu Wall Street e levou ao derretimento do mercado de ações que reduziu em bilhões de dólares a poupança de aposentadoria dos norte-americanos.

4. Podem ser reduzidos impostos do americanos que ganham menos de 200 mil dólares por ano, ou 95 por cento dos contribuintes, e aumentar os impostos daqueles que ganham acima de 250 mil dólares por ano. O Congresso de maioria democrata pode conceder menos estímulos fiscais aumentar o imposto de um número maior de pessoas.

5. Pode haver encontros sem condições prévias com os líderes da países hostis aos Estados Unidos, como o Irã, Cuba e Venezuela.

Obama é eleito presidente dos Estados Unidos

Além de tudo, sortudo
por Eliane Catanhede
Folha Online

George W. Bush foi um dos presidentes mais populares dos EUA, com índices de aprovação que chegaram a bater em 90% depois do 11 de setembro, e sai da Casa Branca pela porta dos fundos, com uma crise financeira internacional sem precedentes, com as contas dos EUA de pernas para o ar e com a biografia para sempre manchada por ter invadido o Iraque em cima de uma mentira - a das armas químicas, afinal inexistentes - e passando por cima da ONU. Quantos soldados americanos e quanto a economia do país pagaram por isso?

Barack Obama, o senador negro, nascido no Havaí, filho de queniano, é um salto histórico enorme. Um salto de qualidade, pela simbologia, pela concretização de uma mudança profunda. Mas é também um salto no escuro. Aos 47 anos, é bastante jovem para o desafio, jamais ocupou cargos executivos de ponta e era um desconhecido não apenas no mundo, mas dentro do próprio EUA, até sair da cadeira de senador e bater a então imbatível Hillary Clinton nas primárias do Partido Democrata.

Para fazer um bom governo, um governo tão histórico quanto sua eleição, Obama conta com fatores objetivos e subjetivos. O mais objetivo de todos é a força política: ele venceu com uma expressiva margem de votos, contrariando as sempre apertadas eleições americanas (vide a do próprio Bush...), vai unir um democrata na Casa Branca com uma sólida maioria democrata no Congresso, contrariando a tradição, e chega ao poder da maior, ou única potência, com uma simpatia internacional poucas vezes vista.

Além disso, Obama ele se beneficiou indiretamente da crise na campanha, mas não será tão fortemente prejudicado por ela no governo. Sua campanha foi de certa forma favorecida pela crise financeira que se alastrou pelo mundo e foi uma trombada nas pretensões do republicano John McCain, sua vitória se apoiou na bandeira da "mudança" e, ao assumir em 20 de janeiro de 2009, deverá encontrar um ambiente econômico muito mais sereno, ou pelo menos muito menos assustador.

Seu desafio será recolocar as contas públicas, o balanço de pagamentos e os indicadores macroeconômicos americanos no lugar. Mas sem o desespero da crise de setembro e outubro. Não será fácil, o risco de frustração existe, mas não é impossível. O primeiro passo é acertar na equipe, com os homens e mulheres certos nos lugares certos.

Para ler a coluna completa:
www.folha.com.br

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Xô, crise!!! Mais emprego no Comércio neste fim de ano

Pesquisa da Federação de Comércio do Distrito Federal revela que 14,9% dos lojistas devem abrir vagas Há menos de três meses para o Natal, empresários do DF começam a recrutar temporários para reforçar o quadro de funcionários e atender o fluxo de clientes.

Levantamento realizado em outubro pelo Instituto Fecomércio com 108 empresas de 14 segmentos revelou que, 14,9% têm intenção de abrir vagas temporárias, 4,2% ainda não definiram, enquanto 80,9% afirmaram que não haverá contratação.

Os segmentos que irão abrir mais vagas temporárias são calçados (30,7%), seguido de Lojas
de Utilidades Domésticas (19,4%). Dos empresários que vão abrir vagas temporárias, 28,3% dos entrevistados têm intenção de começar a partir da primeira quinzena de novembro. Já 25% pretendem contratar somente na segunda quinzena de novembro e 30% irão contratar temporários na primeira quinzena de dezembro.

Para o presidente da Fecomércio/DF, senador Adelmir Santana, nestas contratações, surgem oportunidade de empregos fixos após o Natal. “As empresas são exigentes, mas profissionais pró-ativos, que zelam pelo bom relacionamento com o cliente têm chance de serem contratados de forma definitiva”, ressalta o senador.

Indicadores industriais

Faturamento da indústria aumentou 2% em setembro, informa CNI . Aguardemos os números de outubro, o pior da crise financeira global.

Maior número de dias úteis contribuiu para o bom desempenho da atividade industrial no mês

O faturamento da indústria de transformação brasileira cresceu 2% em setembro na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1,2%, e o emprego teve expansão de 0,7%. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais de setembro, divulgada nesta terça-feira, 4 de novembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“Após o movimento de acomodação em agosto, a indústria de transformação voltou a registrar intenso crescimento em setembro”, diz o estudo. Com isso, a utilização da capacidade instalada atingiu 83,3%, índice 0,3% superior ao de agosto, na série com ajuste sazonal. Conforme a CNI, o bom desempenho é resultado principalmente do maior número de dias úteis registrados no mês. Setembro deste ano teve um dia útil a mais que agosto e três dias úteis a mais que setembro de 2007.

“Enquanto em agosto o menor número de dias úteis influenciou negativamente os resultados daquele mês, em setembro, o quadro se inverteu”, afirma a pesquisa. De janeiro a setembro, o faturamento da indústria aumentou 8% em relação a igual período do ano passado. Entre os 19 setores pesquisados, apenas dois – o de madeira e o de produtos químicos - apresentam retração no acumulado do ano. Os demais tiveram resultados positivos, com destaque para as indústrias de outros equipamentos de transportes, cujo faturamento cresceu 32,3%, e o setor de veículos automotores, que registrou expansão de 23,2% de janeiro a setembro na comparação com igual período de 2007.

As horas trabalhadas na produção acumulam expansão de 6,1% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado. O indicador aumentou em 15 setores. O melhor resultado foi o das indústrias de outros equipamentos de transportes, em que as horas trabalhadas aumentaram 29% no ano. De acordo com a pesquisa, o emprego na indústria cresce há 30 meses consecutivos. A alta acumulada de janeiro a setembro foi de 4,4% na comparação com igual período de 2007.

O setor de outros equipamentos de transporte, com crescimento de 20%, foi o que mais se destacou na criação de vagas ao longo de 2008. A expansão no emprego também garantiu melhor remuneração para os trabalhadores. Os salários pagos pela indústria aumentaram 3% em setembro na comparação com agosto e acumulam uma elevação de 5,3% no ano. De janeiro a setembro, a remuneração dos trabalhadores cresceu em 15 dos 19 setores pesquisados, com destaque para as indústrias de veículos automotores, alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos.

Efeitos da crise financeira global são complexos


"A crise financeira global e seus efeitos são complexos. Naturalmente, empresários repensam investimentos e consumidores avaliam com maior cuidado suas possibilidades de gastos. O importante é monitorar os problemas, tomar as medidas necessárias, mas também ficar de olho nas oportunidades que a crise oferece”, disse o diretor de Administração e Finanças do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.

Segundo o diretor, os recursos adicionais , R$ 5,2 bilhões, disponibilizados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para empréstimos de investimentos e giro às pequenas e microempresas, são consideráveis e fazem parte do elenco de medidas que o governo vem tomando apropriadamente visando o controle dos danos provocados pela crise.

Para ler a matéria completa:
http://www.agenciasebrae.com.br/noticia.kmf?noticia=7847430&canal=210

Fusão do Itaú e Unibanco é o grande destaque do noticiário econômico dos jornais de circulação nacional, nesta terça-feira, 04

O Globo - Itaú e Unibanco se fundem e iniciam expansão no exterior: Em meio à maior crise financeira internacional das últimas décadas, a fusão entre o "banco que nem parece banco" (Unibanco) e o banco "feito para você" (Itaú) caiu ontem de manhã cedo como uma bomba no mercado brasileiro. Fruto de conversas sigilosas iniciadas por Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles há 15 meses, desde que o gigante internacional Santander entrou no Brasil, a negociação se acelerou na última semana, quando a crise atingiu com mais força as empresas nacionais. Mas os executivos das duas instituições só foram convocados para dar forma ao novo banco na última sexta-feira. O novo Itaú-Unibanco destrona o Bradesco como maior banco privado nacional e também o Banco do Brasil no ranking geral do país.

Folha de S.Paulo - Fusão de Itaú com Unibanco cria o maior banco do Brasil: Em meio à crise no setor bancário global, dois dos maiores bancos privados nacionais, o Itaú e o Unibanco, anunciaram sua fusão por meio de troca de ações criando o maior banco brasileiro e o 17º do mundo.

O Estado de S. Paulo - Competição estrangeira e crise levam Itaú e Unibanco à fusão: Os bancos Itaú e Unibanco anunciaram ontem a fusão de suas atividades, criando o maior banco do Hemisfério Sul e o 17º maior do mundo. A empresa resultante da união terá ativos totais de US$ 575 bilhões.

Valor Econômico - Fusão cria megabanco de R$ 575 bi: Itaú e Unibanco surpreenderam os mercados ao anunciar a maior fusão da história bancária brasileira e abriram mais uma etapa na consolidação do sistema financeiro do país. A fusão criará um gigante com R$ 575,1 bilhões em ativos, o suficiente para colocá-lo entre as 20 maiores instituições financeiras do mundo e as 10 maiores das Américas.

Outros destaques

Folha Online - Apesar da crise financeira, a produção industrial do país acelerou 1,7% em setembro frente ao mês anterior, recuperando queda de 1,2% em agosto, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

G1 - A inflação ao consumidor em São Paulo em outubro acelerou em comparação a setembro, revelou nesta terça-feira (4) o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O indicador subiu 0,50% no mês passado, ante alta de 0,38% no índice fechado de setembro. Já na terceira prévia de outubro, alta foi de 0,39%.

Valor Econômico - A balança comercial encerrou outubro com superávit de US$ 1,2 bilhão, queda de 56,1% em relação aos US$ 2,7 bilhões de setembro e de 64,9% na comparação com os US$ 3,4 bilhões de outubro de 2007. No ano, o superávit acumulado é de US$ 20,8 bilhões, frente aos US$ 34,3 bilhões do mesmo período de 2007.

Folha de S.Paulo - Pare reaver a liderança no ranking, o Banco do Brasil terá de ir além da compra do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina) e das negociações para adquirir Nossa Caixa e Banco de Brasília. Agora, o governo quer avançar com a aprovação da MP 443, que autoriza BB e CEF a comprar bancos. Para o Bradesco, a fusão "amplia a disputa" em um mercado que já é competitivo.

Colaborou: Allan Madsen
http://www.agenciasebrae.com.br/

Previdência tenta desarmar aumento de gastos

por Carlos Lopes
Politica&PoderSantafé Idéias
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O ministro da Previdência Social, José Pimentel, visita o Senado nesta terça-feira para apresentar os argumentos da pasta contra o projeto Paulo Paim (PT-RS), que atualiza o valor dos benefícios previdenciários. O projeto pode ser votado terminativamente na quarta-feira na Comissão de Assuntos Sociais.

Pimentel vai ao gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), onde deve conversar também com o Paulo Paim e com o relator-geral do Orçamento, Delcídio Amaral (PT-MS). A aprovação terminativa de um projeto dispensa a apreciação do plenário, salvo se for apresentado requerimento subscrito por 1/10 dos senadores no prazo de cinco dias úteis.

Na semana passada, o ministro José Pimentel fez uma visita à Câmara, onde manifestou preocupação em relação a projetos que tratam dos seguintes temas: extinção do fator previdenciário; aplicação dos mesmos índices na correção dos benefícios, independentemente de valor; e extensão do índice de correção do salário mínimo a todos os benefícios do INSS.

O ministro está empenhado em desarmar os projetos que representam aumento de gastos e considera a missão como pré-requisito para uma boa gestão em 2009. No Senado, José Pimentel deve usar argumentos semelhantes aos apresentados na Câmara para tentar convencer os parlamentares dos efeitos danosos da aprovação do projeto de lei 58/03. De acordo com o texto, o benefício deve chegar, progressivamente (a transição é de cinco anos), a valer o correspondente ao número de salários mínimos da época em que foi concedido.

O projeto, já aprovado na Comissão de Constituição e Justiça condiciona a aplicação do índice de correção previdenciária à previsão e à estimativa de recursos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e à dotação na lei orçamentária anual.

Esse dispositivo deve servir de base para a argumentação do ministro da Previdência Social. Parlamentar licenciado, José Pimentel é cauteloso no que diz respeito à legitimidade do Congresso para o debate, mas adverte que o Orçamento não conta com recursos disponíveis para as novas despesas. O país tem cerca de 25,7 milhões de aposentados e pensionistas, que representam um gasto de 7,2% do PIB.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Unibanco e Itaú anunciam fusão e criam gigante financeiro












Banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado.

Nova controladora será denominada Itaú Unibanco Holding S.A.

Do Portal G1

Os bancos brasileiros Unibanco e Itaú anunciaram nesta segunda-feira (3) que se unirão para formar um conglomerado com valor de mercado entre os 20 maiores do mundo. O novo banco deverá ser o maior do hemisfério sul, segundo comunicado oficial do banco Itaú.

Segundo a nota da instituição, a operação “surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro”. A operação precisa ser aprovada em assembléias extraordinárias de acionistas - previstas para serem realizadas entre a última semana de novembro e a primeira semana de dezembro -, pelo Banco Central do Brasil e demais autoridades competentes.

O novo banco resultante da fusão terá R$ 575 bilhões em ativos e patrimônio líquido de cerca de R$ 51,7 bilhões. Contará com aproximadamente 4,8 mil agências, representando 18% da rede bancária; e 14,5 milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado.

Em volume de crédito, representará 19% do sistema brasileiro; e em total de depósitos, fundos e carteiras administradas, atingirá 21%. Ainda de acordo com o comunicado oficial do Itaú, nada muda operacionalmente para os clientes dos dois bancos neste momento. Todos continuarão a utilizar normalmente os diferentes canais de atendimento, cheques, cartões e demais produtos e serviços.

Ranking

Segundo levantamento da consultoria Economatica, o banco resultante da fusão será o 9º maior das Américas em ativos, com US$ 324,041 bilhões, à frente do Banco do Brasil, com US$ 261,639 bilhões, e do Bradesco, com US$ 220,815 bilhões.
Entre os bancos com capital aberto, o Itaú-Unibanco será o sexto maior da Américas em valor de mercado, com US$ 41,323 bilhões, à frente do Bradesco, com US$ 34,162 bilhões.

Novo modelo
Os controladores da Itaúsa e Unibanco constituirão uma holding em modelo de governança compartilhada. O Conselho de Administração será presidido por Pedro Moreira Salles (atual Unibanco) e o presidente-executivo será Roberto Egydio Setubal (atual Itaú). O anúncio foi feito com base em uma negociação de mais de um ano.

Segundo comunicado enviado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), onde os dois bancos têm ações negociadas, a associação contemplará reorganizacao societária, que resultará na migração dos atuais acionistas do Unibanco Holdings S.A. e Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A., mediante incorporações de ações, para uma companhia aberta, a ser denominada Itaú Unibanco Holding S.A., atual Banco Itaú Holding Financeira S.A., cujo controle sera compartilhado entre a Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. e os controladores da Unibanco Holdings, por meio de holding não financeira a ser criada.

Alguns destaques dos jornais desta segunda-feira, 03/11/2008

Folha de S.Paulo - A Receita Federal deve entregar até amanhã ao ministro Guido Mantega (Fazenda) estudo que avalia o impacto no caixa do Tesouro da ampliação de prazos para o recolhimento de impostos nas empresas.

O Estado de S. Paulo - O País precisa de cerca de R$ 90 bilhões para concluir cerca de 300 grandes obras de infra-estrutura em construção, ou já contratadas e não iniciadas. Com a escassez mundial de crédito, essas obras correm sério risco de atraso. Dos R$ 90 bilhões, cerca de R$ 57 bilhões serão destinados a obras que ainda não estão em andamento.

Valor Econômico - Em outubro, o pior mês da crise financeira até agora, os grandes bancos brasileiros se retraíram, tornaram-se muito rigorosos na concessão de crédito e elevaram o spreads em até dois pontos percentuais para as grandes empresas. As pequenas e médias enfrentam taxas que são até o dobro das que pagavam meses atrás.

O Globo – Micro e pequenas empresas, reunidas em pólos produtivos pelo país, já sofrem com a crise global. Diante da alta de juros e da valorização do dólar, muitas firmas adiaram a compra de máquinas, suspenderam contratação para o fim do ano e cancelaram horas extras.

O Globo - O governo vai liberar R$ 5,25 bilhões do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para ampliar o crédito a micro e pequenas empresas, visando a atenuar os efeitos da crise global no setor. Nos pólos produtivos de firmas de porte menor, as encomendas caíram até 50% e há demissões.

Valor Econômico - Exportadores brasileiros de bens de consumo estão concedendo descontos no preço em dólar de seus produtos, cedendo à pressão dos clientes no exterior ou como estratégia para fechar novos negócios. Com o argumento da desvalorização cambial, os importadores dos produtos brasileiros pedem redução de preços e ampliação dos prazos de pagamento.

Colaborou: Allan Madsen

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Sinais trocados no combate aos efeitos da crise

por Carlos Lopes
Politica&PoderSantafé Idéias
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O Congresso quer participar da discussão de medidas para reduzir os efeitos da crise, mas, assim como o governo, emite sinais trocados para a leitura de suas ações. É o caso não só do Orçamento, mas também do Fundo Soberano e do reajuste para servidores, entre outras matérias previstas na pauta.

A Comissão Mista do Orçamento vai votar o relatório preliminar à proposta de 2009, que o Executivo acha melhor não alterar, em face das perspectivas pouco claras para o ano que vem. O Congresso espera aprovar o Orçamento até 22 de dezembro, mas ainda não se sabe o teor da proposta que vai ser aprovada.

O relatório preliminar, do senador Delcídio Amaral, admite um corte em torno de R$ 12 bilhões na proposta, caso sejam mudados os parâmetros macroeconômicos previstos em razão da crise financeira mundial. Paralelo a isso, deve ser dura a batalha pelas emendas orçamentárias individuais, cujo valor Amaral manteve em R$ 8 milhões, como no ano passado.

A Câmara deve concluir a votação do projeto do Fundo Soberano, estando pendentes cinco destaques. O ministro Mantega defende o FSB como um instrumento de poupança, por elevar o superávit primário em 0,5% do PIB, mas informações atribuídas a Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, deram conta de que o governo havia desistido de aumentar o esforço fiscal. Mantega reafirmou o que vinha sustentando.

Na audiência pública da semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos, Mantega fez um apelo para que os senadores evitassem projetos criando novas despesas. Paulo Bernardo esclareceu que, ao contrário do entendimento geral, o ministro da Fazenda não se referiu à medida provisória que reajusta os salários e benefícios de cerca de 91 mil servidores de carreiras típicas de Estado. A MP deve ser votada no plenário do Senado.

Mantega citou o projeto que extinguiu o fator previdenciário, já aprovado pelos senadores, que podem detonar uma outra bomba. Nessa quarta-feira, a Comissão de Assuntos Sociais pode votar terminativamente projeto estabelecendo parâmetros para a recomposição dos valores de aposentadorias e pensões do INSS. O projeto é do senador Paulo Paim (PT-RS), o mesmo do fator previdenciário.

A semana apresenta uma profusão de indicadores econômicos. Começa com a balança comercial mensal e termina com o IPCA de outubro, passando pelo IGP-DI e pela Ata do Copom.

As eleições de amanhã nos Estados Unidos trazem o alento de que o futuro presidente possa fazer mais do que George W. Bush pelo restabelecimento da estabilidade econômico-financeira.