sábado, 11 de outubro de 2008

Crise, a ficha ainda não caiu para o consumidor brasileiro

A confiança do consumidor brasileiro cresceu no terceir trimestre deste ano e alcançou o segundo maior valor da nova série histórica, iniciada em 2001, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgado, nesta sexta-feira,10, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em relação ao resultado anterior, de 109,8 pontos em julho, o índice de confiança aumentou 5,3%, para 115,6 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando ficou em 111 pontos, a alta é de 4,1%. A pesquisa, realizada entre os dias 19 e 22 de setembro, com 2.002 eleitores de 141 municípios de todo o Brasil, mostrou que a recuperação da confiança do consumidor se deve principalmente às expectativas de
inflação e desemprego, que melhoraram no período.

O gerente-executivo de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, explicou que os resultados do INEC continuam muito altos porque a pesquisa foi feita no período em que a crise começava a se intensificar. “O consumidor responde o INEC com o bolso, de acordo com a sua própri situação. Ele participou da pesquisa num momento ainda de bom emprego, de crescimento da renda”, disse.

Castelo Branco avaliou que a demanda interna está garantida no curto prazo. “Para este ano devemos ter uma manutenção do ritmo da demanda interna. A dúvida fica para a partir do início de 2009”, concluiu.

Na foto: Rua 25 de março, São Paulo/SP

Crise, Bolsas mundiais continuam derretendo...

As Bolsas de todo o mundo perderam US$ 6,2 trilhões, o equivalente a seis Brasis, só nesta semana. A Bolsa de NY teve a pior perda semanal de toda a história, superior à da semana do 11 de Setembro: 18,15%.

Nesta sexta-feira, 10, o recuo ficou em 1,49%, após os mercados caírem todos em seqüência. Tóquio recuou 9,62%, para o menor nível em 20 anos. Madri recuou 9,14%, maior queda de sua história. Londres caiu 8,85%, perdendo um quinto do valor desde segunda-feira. Paris fechou em baixa de 7,73% e Frankfurt, de 7,01%.

Islândia, Romênia, Rússia, Ucrânia e Indonésia mantiveram suas Bolsas fechadas. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, chegou a comentar que uma das hipóteses em estudo entre os governantes seria a suspensão mundial das operações em Bolsa até que novas regras sejam definidas para a economia global.

Bovespa

Pela manhã, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) suspendeu os negócios por meia hora quando o índice Ibovespa desabou 10,19%. Investidores voltaram às compras na última meia hora de pregão e evitaram que a Bolsa fechasse o dia com perdas de quase 9%.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 3,97% no fechamento e atingiu os 35.609 pontos, o seu nível mais baixo desde setembro de 2006. O giro financeiro foi de R$ 5,42 bilhões. O pânico desta sexta foi provocado principalmente pela percepção dos investidores de que a crise financeira já atingiu a economia real.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Crise, veja as medidas já tomadas pelo governo

O governo já anunciou uma série de medidas nas últimas semanas para evitar uma piora no sistema financeiro. Em 20 dias, o BC injetou na economia R$ 60 bilhões com a redução dos compulsórios e colocou US$ 5,832 bilhões no mercado de câmbio. Isso sem contar a venda de parte das reservas internacionais, cujo valor não foi divulgado.

Principais medidas:

19 de setembro
Quatro dias após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, o crédito internacional seca e o dólar dispara no Brasil. O Banco Central anuncia um leilão de 500 milhões de dólares com compromisso de recompra da moeda após 30 dias. Nessa operação o BC "empresta" os dólares às instituições financeiras durante esse período. Os recursos servem para que os bancos possam financiar as exportações brasileiras.

24 de setembro

A crise de confiança nos bancos internacional e a falta de crédito externo afetam os bancos pequenos e médios no Brasil. O BC anuncia então mudanças no recolhimento de depósitos compulsórios, que beneficia bancos menores e instituições que trabalham com leasing. Com isso, o BC garante a injeção de R$ 13 bilhões no mercado.

26 de setembro

O BC realiza uma nova operação de venda de dólares com compromisso de recompra, no valor de mais US$ 500 milhões, e ajuda a manter a moeda no patamar de R$ 1,80.

1º de outubro
O Banco do Brasil antecipa R$ 5 bilhões em crédito para o setor agrícola para suprir a falta de recursos causada pela crise financeira.

02 de outubro
O BC anuncia a redução do compulsório para os bancos grandes que comprarem parte das carteiras de crédito dos bancos pequenos. A avaliação do governo é que os grandes bancos estão preferindo segurar os recursos a emprestar para essas instituições. A estimativa do BC é que a mudança injete R$ 23,5 bilhões na economia, além de ajudar as instituições menores.

06 de outubro
No pior dia desde o início da crise, o dólar ultrapassa os R$ 2,15 e a Bolsa cai mais de 15% durante o dia. São anunciadas várias medidas.
Pela manhã, o BC anuncia um leilão de "swap cambial" e coloca US$ 1,468 bilhão no mercado financeiro. Nessa operação, que não era realizada desde maio de 2006, o BC oferece proteção contra a alta do dólar.
À tarde, o governo anuncia a criação de umalinha internacional de crédito para ajudar os exportadores, com o dinheiro das reservas internacionais do BC. O governo também reforça a linha de financiamento para exportações pré-embarque do BNDES, com mais R$ 5 bilhões.
No final do dia, o presidente Lula edita umamedida provisória que dá mais poderes ao BC para atuar durante a crise. Entre elas, está a autorização para o BC comprar carteiras de crédito de bancos em dificuldades no Brasil.

07 de outubro
BC volta a realizar leilões de swap cambial e venda de moeda com compromisso de recompra. São colocados no mercado US$ 1,359 bilhão e US$ 700 milhões, respectivamente. Desde 19 de setembro, foram vendidos US$ 4,529 bilhões ao mercado por meio de leilões do BC, sem afetar as reservas internacionais. Mesmo assim, a moeda sobe 5% e fecha cotada a R$ 2,31. O BC também anuncia outro leilão para o dia seguinte.

08 de outubro
O dólar chega a R$ 2,48 pela manhã e obriga o BC a queimar parte das reservas internacionais para acalmar o mercado. Pela primeira vez, desde o dia 13 de fevereiro de 2003, o BC realiza um leilão em que vende parte dos US$ 208 bilhões que tem em caixa.
Nos leilões anteriores, o BC vendia a moeda com um compromisso de recompra. Na prática, isso funcionava como um empréstimo e não afetava as reservas. Foram realizados três leilões. Os valores não foram divulgados.
Em outra operação de swap, o BC coloca mais US$ 1,303 bilhão no mercado. A moeda recua para R$ 2,28.
No fim do dia, o BC anuncia mais duas mudanças nas regras do recolhimento sobre depósitos compulsórios e coloca mais R$ 23,2 bilhões na economia.

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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Crise: países emergentes vão se reunir em Washington

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou uma reunião do G20, grupo de países emergentes, para o próximo sábado, na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O ministro viaja hoje para os Estados Unidos onde participará das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, que serão realizadas entre nesta quinta-feira (9) e na próxima segunda-feira (13). O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também estará em Washington, onde participa da reunião do Fundo e de encontros com investidores.

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) defendeu nesta quarta-feira que o Brics (Brasil, Rússia, China, África do Sul e Índia) atuem de forma coordenada contra os efeitos da crise econômica.

"Eu acho muito importante e essa crise acentua a necessidade de coordenação com outras economias emergentes, como por exemplo, os chamados Brics. Nós temos um enorme comércio com esses países, que é crescente, e no entanto, não se pode deixar à mercê de dificuldades de crédito que possam vir de problemas dos países ricos", afirmou, após participar de encontros com representantes da Nicarágua, sobre acordos bilaterais entre os países.

Amorim acrescentou que sugeriu ainda ao ministro da Fazenda que o mesmo tipo de ação seja feita também entre os países do Mercosul. Para o chanceler, deve ser estudada uma ação conjunta para evitar que ocorreram em outras crises.

Fonte: Folha OnLine

Nos primeiros dias de outubro, a crise bate forte no Brasil...

Crise chega pra valer e escanteia o discurso de que o terromoto no mundo inteiro apenas trincaria umas vidraças por aqui. Até o dia 07 de outubro a situação era esta:
  • Apesar de o Banco Central ter aumentado a liquidez do mercado, por meio da redução dos compulsórios sobre os depósitos à vista, a ajuda dos bancos maiores aos “banquinhos” é insuficinete.
  • O Banco Central anuncia que já está utilizando reservas internacionais para cobrir demanda por financiamentos ás exportações, já que as fontes internacionais secaram.
  • O Banco Central anuncia que comprará diretamente as carteiras de créditos dos bancos pequenos com problemas.
  • Bancos grandes e pequenos anunciam que deixaram de operar com qualquer tipo de crédito ao consumidor e também com consignado.
  • Bovespa registra perdas sem precedentes.
  • Governo edita Medida Provisória dando maiores poderes ao Banco Central para fazer frente à crise. O BC poderá, a partir de agora, comprar diretamente a carteira de crédito de bancos com problemas de liquidez.

Economia mundial vive mais um "black september"

Veja o agravamento da crise

  • Dados oficiais do Banco da Inglaterra mostram queda na aprovação de hipotecas em julho.
  • Números do mercado de trabalho americano mostram que a taxa de desemprego no país subiu para 6,1%, causando ainda mais turbulência nos mercados financeiro.
  • O governo dos Estados Unidos anuncia que está assumindo o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae, numa operação que foi considerada uma das maiores do gênero na história americana.
  • O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirma que os níveis das dívidas das duas companhias significavam um "risco sistêmico" para a estabilidade econômica e que, se o governo não agisse, a situação poderia piorar.
  • O Lehman Brothers anunciou processo de concordata após não achar comprador. O quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, registra perdas de US$ 3,9 bilhões nos três meses anteriores a agosto. O anúncio ocorre em meio a mais alertas econômicos feitos pela Comissão Européia, afirmando que Reino Unido, Alemanha e Espanha poderão entrar em recessão até o final de 2008.
  • No dia 15, depois de dias em busca por um comprador, o Lehman Brothers entra com pedido de concordata, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira.
  • O ex-presidente do Fed ,Alan Greenspan , afirma que outras grandes companhias também poderão cair.
  • Também no dia 15, Merrill Lynch, um dos principais bancos de investimento americanos, concordou em ser comprado pelo Bank of America por US$ 50 bilhões para evitar prejuízos maiores.
  • No dia 16, Federal Reserve anuncia um pacote de socorro de US$ 85 bilhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG, a maior do país.Em retorno, o governo assumirá o controle de quase 80% das ações da empresa e o gerenciamento dos negócios.
  • Outro gigante do setor de hipotecas dos Estados Unidos, o Washington Mutual, é fechado por agências reguladoras e vendido para seu adversário, o Citigroup.
  • No dia 26, a crise se alastra mais pelo setor bancário europeu com a nacionalização parcial do grupo belga Fortis, para garantir sua sobrevivência.
  • O Washington Mutual foi comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 1,9 bilhões.
    Autoridades na Holanda, Bélgica e Luxemburgo aceitaram investir 11,2 bilhões de euros na operação.
  • No domingo, 28, nos Estados Unidos, legisladores anunciam que chegaram a um acordo bipartidário para aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para salvar instituições financeiras afetadas pela crise.
  • Na segunda-feira, 29, a Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos rejeita o pacote de US$ 700 bi proposto pelo governo americano para socorrer instituições financeiras afetadas pela crise. Os legisladores retomam as negociações para realizar uma nova votação na casa.
  • O Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citigroup, em um acordo de resgate que conta com o apoio das autoridades americanas. O Citigroup deverá absorver até US$ 42 bilhões dos prejuízos do Wachovia.
  • No Reino Unido, o governo confirmou a nacionalização do banco de hipotecas Bradford & Bingley. O governo assume o controle de financiamentos e empréstimos do banco no valor de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) enquanto suas operações de poupança e agências são vendidas para o Santander, da Espanha.
  • O governo da Islândia assume o controle do terceiro maior banco do país, Glitnir, depois que a companhia teve problemas com fundos de curto-prazo.

Cronologia da pior crise financeira mundial de 2004 a agosto de 2008

Tudo começou, no período de 2004 a 2006, quando a alta dos juros americanos provocou o deterioramento das carteiras de crédito hipotecário de alto risco (sub-prime). A cronologia baixo, um resumo do que está nos jornais, deixa claro que o impacto na Europa não é assim tão recente e nem na Ásia.

2004 a 2006
A taxa de juros americaca sobe de de 1% para 5,35% e o mercado imobiliário começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e aumento na inadimplência de devedores.

A inadimplência em empréstimos do tipo "subprime" --hipotecas de alto risco para pessoas com histórico ruim de crédito-- atingiu níveis recordes.

Abril de 2007
  • A New Century Financial, especializada em empréstimos "subprime", pediu concordata e demitiu metade dos seus funcionários.Com suas dívidas sendo repassadas para outros bancos, o mercado "subprime" começou a entrar em colapso.

    Julho de 2007
    O banco de investimentos Bear Stearns diz que seus investidores não conseguirão resgatar o dinheiro investido em seus fundos hedge (fundos de alto risco).O diretor do Federal Reserve (o banco central americano), Ben Bernanke, diz que a crise do "subprime" pode custar US$ 100 bilhões.

    Agosto 2007
  • O banco de investimentos BNP Paribas diz a seus investidores que eles não conseguirão resgatar seus investimentos, devido à "completa evaporação da liquidez" do mercado (menor oferta de dinheiro). É um sinal claro de que os bancos estão se recusando a emprestar dinheiro uns aos outros.
  • Banco Central Europeu investe 95 bilhões de euros no setor bancário, para melhorar a liquidez. Em seguida, mais 108,7 bilhões de euros são investidos.
  • Os bancos centrais dos Estados Unidos, Canadá e Japão começam a intervir.
  • O Federal Reserve (17) corta pela metade a taxa de juros para empréstimos a bancos, para 5,75%.
  • O Northern Rock pediu e recebeu ajuda financeira emergencial do BC britânico.


    Setembro 2007
  • O banco britânico Northern Rock (03) pediu e recebeu ajuda financeira emergencial do banco central britânico. No dia seguinte, os correntistas retiraram mais de US$ 2 bilhões, em uma das maiores fugas de capital do Reino Unido.
  • O Federal Reserve (17) corta a taxa de juro em meio ponto percentual, para 5,75%.

    Outubro de 2007
  • O banco suíço UBS revelou perdas de US$ 3,4 bilhões. Em seguida, o gigante Citigroup divulgou que perdeu US$ 3,1 bilhões com o mercado "subprime" --US$ 40 bilhões no acumulado de seis meses.
  • No fim do mês, o diretor do Merrill Lynch se demite, depois de revelar que o banco tinha US$ 7,9 bilhões de dívidas que incluíam papéis podres (de má qualidade).

    Dezembro 2007
  • O presidente americano, George W. Bush, anunciou um plano para ajudar milhões de mutuários com problemas.
  • O Federal Reserve coordenou ao lado de cinco bancos centrais uma ação para empréstimos a outros bancos.
  • JPMorgan compra o banco de investimentos Bear Stearns por US$ 236 milhões

    Fevereiro de 2008
  • Ben Bernanke alerta para os efeitos da crise do sistema financeiro na economia real.
  • Os líderes do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) dizem que as perdas com o mercado "subprime" podem chegar a US$ 400 bilhões.
  • O governo britânico nacionaliza o banco Northern Rock.

    Março de 2008
  • Federal Reserve disponibiliza mais US$ 200 bilhões para bancos em dificuldades.
  • O quinto maior banco americano, Bear Stearns, é comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 240 milhões (um ano antes, o banco valia US$ 18 bilhões).

    Abril 2008
  • FMI (Fundo Monetário Internacional) alerta que as perdas, devido à crise financeira internacional, podem chegar a US$ 1 trilhão ou até ultrapassar esta marca.Segundo o FMI, os efeitos da crise estão se espalhando para outros setores como crédito ao consumidor e dívidas de empresas.
  • O Banco da Inglaterra diminui sua taxa de juros para 5%. E divulga os detalhes de um plano ambicioso, da ordem de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) para ajudar bancos, um plano que permitiria que estes bancos trocassem dívidas de hipoteca que potencialmente arriscadas por títulos do governo, mais seguros.
  • Empresas de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac recebem ajuda do governo dos EUA.
  • O banco britânico Royal Bank of Scotland anuncia o plano para levantar dinheiro junto aos acionistas, lançando novas ações no mercado, que chegam ao valor 12 bilhões de libras (mais de R$ 41 bilhões), o maior lançamento de ações da história corporativa do Reino Unido.

    Maio de 2008
  • O banco UBS, um dos mais afetados pela crise financeira mundial, também lança ações no valor de US$ 15,5 bilhões para cobrir parte de suas perdas, que chegaram a US$ 37 bilhões, mais do que qualquer outro banco afetado pelas turbulências do mercado internacional.

    Junho de 2008
  • O FBI prende 406 pessoas, incluindo corretores e empreiteiros, como parte de uma operação contra supostas fraudes em financiamentos habitacionais, que alcançaram valor de US$ 1 bilhão.
  • Outro banco britânico, desta vez o Barclays, anuncia os planos para levantar 4,5 bilhões de libras (cerca de R$ 15,4 bilhões) com lançamento de ações.

    Julho de 2008
  • O banco de hipotecas americano IndyMac entra em colapso e se torna o segundo maior banco a falir na história dos Estados Unidos.
  • Autoridades financeiras dos Estados Unidos prestam assistência às empresas do setor de hipotecas, Fannie Mae e Freddie Mac. Juntas, as duas companhias são responsáveis por quase metade das hipotecas dos Estados Unidos e detêm ou garantem cerca de US$ 5,3 trilhões em financiamentos e são cruciais para o mercado imobiliário americano.
  • O HSBC alertou que condições dos mercados são as mais difíceis "das últimas décadas"

    Agosto de 2008
  • O gigante do setor bancário HSBC alertou que as condições dos mercados financeiros são as mais difíceis "das últimas décadas", depois de sofrer uma queda de 28% em seus lucros semestrais. Dos grandes bancos europeus, o HSBC está entre os mais atingidos pela crise do mercado imobiliário e de crédito dos Estados Unidos.
  • O ministro da Fazenda britânico, Alistair Darling, afirma que a economia do Reino Unido enfrenta sua pior crise dos últimos 60 anos.

De olho na crise

Resumo dos destaques da terça, 07/10

Dólar - O mercado de câmbio superou, nesta terça-feira, as piores expectativas dos profissionais do segmento e bateu a taxa de R$ 2,31, a cotação mais alta desde 31 de maio de 2006. O desânimo dos investidores com a crise mundial, e a falta de moeda na praça, segundo operadores de corretoras, têm encarecido o dólar. Neste ano, o preço da moeda americana já subiu 30%.

União Européia
- Os países da UE (União Européia) se comprometeram nesta terça-feira (7), em reunião emergencial realizada em Luxemburgo, a socorrer e dar apoio a grandes grupos financeiros para evitar uma crise generalizada. A informação foi dada pelo vice-ministro de Finanças da Alemanha, Joerg Asmussen.

Garantia - Foi também anunciado, nesta terça-feira, que países da União Européia acertaram aumentar de 20 muil para pelo menos 50 mil a garantia dos depósitos nos bancos do bloco. O objetivo é evitar uma corrida para saques, por temor da piora da crise, e afetar a saúde dos bancos. O compromisso foi acertado na reunião de ministros das Finanças dos 27 membros da UE. A Holanda anunciou, unilateralmente, que vai aumentar a garantia de 38 mil para 100 mil euros.

Reino Unido - A BBC informou , nesta terça, que três dos quatro maiores bancos do país (Royal Bank of Scotland, Barclays e Lloyds TSB) teriam pedido ao ministro da Economia britânico, Alistair Darling, apressar sua decisão sobre um possível plano de ajuda ao setor.

Islândia - "a Autoridade Financeira de Supervisão Islandesa assume o controle do Landsbanki para assegurar que continuem as operações comerciais e bancárias na Islândia", informou o órgão regulador, em comunicado. De acordo com o órgão "os depósitos domésticos estão totalmente garantidos.

FMI - Um relatório divulgado nesta terça-feira pelo FMI sugere que o pior da atual crise financeira global ainda está por vir. O documento, intitulado Estabilidade Financeira Global, afirma que o sistema financeiro atravessa "um período de turbulências sem precedentes" e prevê que bancos em todo mundo continuarão a registrar fortes perdas. Para o diretor do fundo, Dominique Strauss-Kahn, "o tempo das soluções à conta gotas chegou ao fim".

"Eu peço aos legisladores que tratem esta crise com medidas abrangentes que restaurem a confiança no setor financeiro. Ao mesmo tempo, os governos nacionais devem coordenar de perto esses esforços para trazer de volta a estabilidade do sistema financeiro internacional."

No Brasil - O Banco Central do Brasil ganhará mais poderes para tentar minimizar os efeitos da crise de crédito internacional no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que equipara a instituição aos seus similares nos Estados Unidos e Europa.
A MP dá poderes ao BC para adquirir carteiras de empréstimos de bancos no Brasil através do mecanismo conhecido como redesconto, que já existe hoje, mas é utilizado apenas para dar liquidez aos bancos no curto prazo. Para realizar essas operações, o BC dependerá de autorização do CMN (Conselho Monetário Nacional), que tem a participação também dos Ministérios da Fazenda e Planejamento