quarta-feira, 30 de julho de 2008

Chaveiros, a concorrência é grande


O quiosque parece uma extensão da casa do Seu Antônio: tem filtro de barro com água sempre fresca; garrafa térmica para o café; a proteção de Nossa Senhora e o afeto de retratos da família.

Texto e fotos de Lia Sahadi

Especial para este Blog

Quem mora no Plano Piloto, não precisa andar muito para encontrar aqueles pequenos quiosques oferecendo serviços 24 horas de chaveiros. Praticamente é possível encontrar um desses pequenos quiosques em cada uma das quadras comerciais, inclusive próximos às paradas de ônibus da W3 Norte e W3 Sul. E ninguem está parado, o que comprova que o indice de chaves perdidas está longe de diminuir. Além disso, os tempos são de aumentar a segurança nas casas. Assim, não falta pedidos para as chamadas chaves e fechadoras mais sofisticadas.

Antônio Barbosa, 58 anos (foto), estabelecido na Comercial da 104 Norte, está no ramo há 29 anos. Aprendeu o ofício com um cunhado, após ter saído de Ituverava, interior de São Paulo, onde ganhava seu sustento trabalhando em plantações de hortaliças.

Casado desde 1969 e com quatro filhos, veio para capital federal em busca de melhores oportunidades profissionais. Apesar das dificuldades do início, Seu Antônio diz que já ganhou muito bem, mas que hoje o dinheiro é apenas suficiente para o sustento da família, em razão da forte concorrência. Oferece vários tipos de serviços, desde cópias de chaves para carros e apartamentos até colocação de novas fechaduras. Após 13 anos, no mesmo local, Seu Antônio diz que gostaria de tentar outro meio de vido, mas confessa que tem medo de se arriscar e perder tudo que conseguiu até hoje, inclusive os amigos que fêz entre a conhecida clientela.

Um comentário:

Ígor Andrade disse...

Esse teu blog é muito interessante. Aos poucos vou lendo todas as outras postagens.
Abraço!