quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Crise provoca parada técnica na escalada dos juros


Depois de uma avaliação, iniciada na terça-feira, do cenário interno e externo e dos riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade, manter, nesta quarta-feira (29) a taxa Selic em 13,75% ao ano. A taxa básica de juros (Selic) vinha subindo desde abril. Foram quatro altas seguidas que elevaram os juros de 11,25% ao ano para o patamar atual.

A maior parte dos economistas do mercado financeiro já apostava em uma "parada técnica" na alta dos juros para "se avaliar a situação". Mas muitos ainda esperavam um aumento de 0,25 ponto percentual, menor que alta anunciada na última reunião do Copom, quando os juros subiram. 0,50 ponto percentual.

Na pesquisa semanal feita pelo Banco Central, a maior parte das instituições financeiras consultadas esperava uma alta dos juros para 14% ao ano hoje e outra alta para 14,25% ao ano em dezembro. O Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente. Mas os bancos com históricos de maior número de acertos na pesquisa já previram que a taxa básica de juros (Selic) poderia ficar inalterada pelo menos pelos próximos 12 meses.

Segundo os economistas desses bancos, não faria sentido o governo aumentar o dinheiro disponível para crédito por meio da liberação dos compulsórios, co o já fez, e, na outra ponta, o Banco Central aumentar os juros para conter o consumo. Além disso, seria difícil justificar-se nova alta quando os bancos centrais internacionais decidiram de intensificar o processo de redução da taxa básica.

Na quinta-feira da próxima semana, o Banco Central divulga a ata da reunião deste mês, quando ficará claro suas expectativas sobre o comportamento da inflação, neste momento de instabilidade dos mercados e de retração do crédito tanto para pessoas fícicas como empresas.

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