terça-feira, 13 de outubro de 2009

Micrócredito: mercado potencial brasileiro é de 40 milhões de tomadores


O microcrédito, (empréstimo de menos de 3 mil reais) só chega a um de cada dez potenciais tomadores latinoamericanos. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as operações de microcrédito movimentam, atualmente, em toda a América Latina, em torno de US$ 30 bilhões, e atinge, no máximo 10 milhões de um mercado potencial de 60 milhões de consumidores e empreendedores.

Segundo o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, só no Brasil são 40 milhões de tomadores potenciais. Deste total, apenas um milhão é atendido. “ Nossos banqueiros têm um outro país a conquistar”, afirmou aos participantes do Fórum Latino Americano de Microfinanças (Forocmic 2009), realizado no início deste mês, em Arequipa, Peru, pelo BID.

Representantes de 36 países participaram da última edição do Foromic que debateu experiências e rumos das microfinanças como alternativa do combate à pobreza e sustentação dp desenvolvimento regional. Houve espaço também para a discussão da crise financeira global e de seus impactos sobre países emergentes e menos desenvolvidos.

Carlos Alberto destacou o papel dos bancos públicos para a sustentação, em conjuntura adversa, do fluxo de crédito tanto paras as grandes e médias quanto micro e pequenas empresas. “As medidas anti-cíclicas tomadas pelos governos evitaram o pior. E os que criticavam a ação do Estado na economia, puderam constatar e aprovar a ação salvadora representada pelas injeções de recursos públicos nas empresas e instituições financeiras. Na América Latina, incluindo o Brasil, Aos bancos privados, principalmente os internacionais, sumiram com o crédito e quem injetou dinheiro pesado na economia foram os governos”, afirmou.

Ainda de acordo com Carlos Alberto, os bancos públicos, no Brasil estão em condições de ampliar a atuação para novos nichos de mercados, entre eles o de Empreendedores Individuais, potencializando assim os esforços do governo e de instituições apoiadoras como o Sebrae de se avançar no processo de formalização da economia. Este movimento dos bancos públicos - ressaltou - está sendo acompanhado de perto por grandes bancos privados varejistas.

http://twitter.com/clarafavilla

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