quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Economia mundial vive mais um "black september"

Veja o agravamento da crise

  • Dados oficiais do Banco da Inglaterra mostram queda na aprovação de hipotecas em julho.
  • Números do mercado de trabalho americano mostram que a taxa de desemprego no país subiu para 6,1%, causando ainda mais turbulência nos mercados financeiro.
  • O governo dos Estados Unidos anuncia que está assumindo o controle das empresas de hipoteca Freddie Mac e Fannie Mae, numa operação que foi considerada uma das maiores do gênero na história americana.
  • O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, afirma que os níveis das dívidas das duas companhias significavam um "risco sistêmico" para a estabilidade econômica e que, se o governo não agisse, a situação poderia piorar.
  • O Lehman Brothers anunciou processo de concordata após não achar comprador. O quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, registra perdas de US$ 3,9 bilhões nos três meses anteriores a agosto. O anúncio ocorre em meio a mais alertas econômicos feitos pela Comissão Européia, afirmando que Reino Unido, Alemanha e Espanha poderão entrar em recessão até o final de 2008.
  • No dia 15, depois de dias em busca por um comprador, o Lehman Brothers entra com pedido de concordata, se transformando no primeiro grande banco a entrar em colapso desde o início da crise financeira.
  • O ex-presidente do Fed ,Alan Greenspan , afirma que outras grandes companhias também poderão cair.
  • Também no dia 15, Merrill Lynch, um dos principais bancos de investimento americanos, concordou em ser comprado pelo Bank of America por US$ 50 bilhões para evitar prejuízos maiores.
  • No dia 16, Federal Reserve anuncia um pacote de socorro de US$ 85 bilhões para tentar evitar a falência da seguradora AIG, a maior do país.Em retorno, o governo assumirá o controle de quase 80% das ações da empresa e o gerenciamento dos negócios.
  • Outro gigante do setor de hipotecas dos Estados Unidos, o Washington Mutual, é fechado por agências reguladoras e vendido para seu adversário, o Citigroup.
  • No dia 26, a crise se alastra mais pelo setor bancário europeu com a nacionalização parcial do grupo belga Fortis, para garantir sua sobrevivência.
  • O Washington Mutual foi comprado pelo JP Morgan Chase por US$ 1,9 bilhões.
    Autoridades na Holanda, Bélgica e Luxemburgo aceitaram investir 11,2 bilhões de euros na operação.
  • No domingo, 28, nos Estados Unidos, legisladores anunciam que chegaram a um acordo bipartidário para aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para salvar instituições financeiras afetadas pela crise.
  • Na segunda-feira, 29, a Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos rejeita o pacote de US$ 700 bi proposto pelo governo americano para socorrer instituições financeiras afetadas pela crise. Os legisladores retomam as negociações para realizar uma nova votação na casa.
  • O Wachovia, o quarto maior banco americano, é comprado pelo Citigroup, em um acordo de resgate que conta com o apoio das autoridades americanas. O Citigroup deverá absorver até US$ 42 bilhões dos prejuízos do Wachovia.
  • No Reino Unido, o governo confirmou a nacionalização do banco de hipotecas Bradford & Bingley. O governo assume o controle de financiamentos e empréstimos do banco no valor de 50 bilhões de libras (cerca de R$ 171 bilhões) enquanto suas operações de poupança e agências são vendidas para o Santander, da Espanha.
  • O governo da Islândia assume o controle do terceiro maior banco do país, Glitnir, depois que a companhia teve problemas com fundos de curto-prazo.

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