quarta-feira, 8 de outubro de 2008

De olho na crise

Resumo dos destaques da terça, 07/10

Dólar - O mercado de câmbio superou, nesta terça-feira, as piores expectativas dos profissionais do segmento e bateu a taxa de R$ 2,31, a cotação mais alta desde 31 de maio de 2006. O desânimo dos investidores com a crise mundial, e a falta de moeda na praça, segundo operadores de corretoras, têm encarecido o dólar. Neste ano, o preço da moeda americana já subiu 30%.

União Européia
- Os países da UE (União Européia) se comprometeram nesta terça-feira (7), em reunião emergencial realizada em Luxemburgo, a socorrer e dar apoio a grandes grupos financeiros para evitar uma crise generalizada. A informação foi dada pelo vice-ministro de Finanças da Alemanha, Joerg Asmussen.

Garantia - Foi também anunciado, nesta terça-feira, que países da União Européia acertaram aumentar de 20 muil para pelo menos 50 mil a garantia dos depósitos nos bancos do bloco. O objetivo é evitar uma corrida para saques, por temor da piora da crise, e afetar a saúde dos bancos. O compromisso foi acertado na reunião de ministros das Finanças dos 27 membros da UE. A Holanda anunciou, unilateralmente, que vai aumentar a garantia de 38 mil para 100 mil euros.

Reino Unido - A BBC informou , nesta terça, que três dos quatro maiores bancos do país (Royal Bank of Scotland, Barclays e Lloyds TSB) teriam pedido ao ministro da Economia britânico, Alistair Darling, apressar sua decisão sobre um possível plano de ajuda ao setor.

Islândia - "a Autoridade Financeira de Supervisão Islandesa assume o controle do Landsbanki para assegurar que continuem as operações comerciais e bancárias na Islândia", informou o órgão regulador, em comunicado. De acordo com o órgão "os depósitos domésticos estão totalmente garantidos.

FMI - Um relatório divulgado nesta terça-feira pelo FMI sugere que o pior da atual crise financeira global ainda está por vir. O documento, intitulado Estabilidade Financeira Global, afirma que o sistema financeiro atravessa "um período de turbulências sem precedentes" e prevê que bancos em todo mundo continuarão a registrar fortes perdas. Para o diretor do fundo, Dominique Strauss-Kahn, "o tempo das soluções à conta gotas chegou ao fim".

"Eu peço aos legisladores que tratem esta crise com medidas abrangentes que restaurem a confiança no setor financeiro. Ao mesmo tempo, os governos nacionais devem coordenar de perto esses esforços para trazer de volta a estabilidade do sistema financeiro internacional."

No Brasil - O Banco Central do Brasil ganhará mais poderes para tentar minimizar os efeitos da crise de crédito internacional no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que equipara a instituição aos seus similares nos Estados Unidos e Europa.
A MP dá poderes ao BC para adquirir carteiras de empréstimos de bancos no Brasil através do mecanismo conhecido como redesconto, que já existe hoje, mas é utilizado apenas para dar liquidez aos bancos no curto prazo. Para realizar essas operações, o BC dependerá de autorização do CMN (Conselho Monetário Nacional), que tem a participação também dos Ministérios da Fazenda e Planejamento

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