quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Indústria só deve registrar impactos da crise em 2009

por Carlos Lopes
Politica&Poder
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) não espera mudança nos indicadores industriais dos próximos meses e até o final do ano, estimando que os impactos da crise financeira devam ser observados a partir de 2009, com a redução da demanda internacional e a recessão nos países mais avançados.

A expectativa da unidade de política econômica da entidade, não com base nos indicadores industriais de setembro, divulgados na última terça-feira, mas na Sondagem Industrial referente ao terceiro trimestre, é que os empresários venham a adequar a produção à demanda.

O gerente da unidade, Flávio Castelo Branco, considera crítica a recomposição da liquidez na economia doméstica, o que o leva a justificar o pleito da entidade junto ao governo para dilatação do prazo de recolhimento de impostos. A medida, segundo Castelo Branco, poderia desafogar o capital de giro das empresas, que recolhem o tributo antes da entrada do dinheiro das vendas no caixa.

A adequação de prazos de recolhimento, na visão da CNI, contemplaria o IPI, o PIS/Cofins, as contribuições previdenciárias e o ICMS (estadual). O economista da entidade discorda da avaliação no sentido de que a fusão anunciada dos bancos Itaú e Unibanco poderia desempoçar a liquidez. Para Flávio Castelo Branco, a fusão das instituições bancárias vai cumprir uma série de etapas, ao passo que o problema de liquidez exige solução imediata.

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